Sou várias e ao mesmo tempo,
Mas em um único corpo,
Às vezes o inferno está dentro de mim,
Me consumindo, me deixando doente,
Mas, quando olho do lado, tem alguém,
Alguém que também é consumido por um outro tormento,
Precisando de ajuda,
Este é o momento em que me encontro em paz,
Por que, estou de alguma forma posso “cuidar de alguém”,
É quando o inferno desaparece um pouco,
E dá lugar a um pouco do céu,
E posso emprestar um pouco do desta paz momentânea a outra pessoa.
Subo e desço tantas vezes...
Quem sou de verdade?
O corpo é o mesmo, de quem é realmente o lugar?
A que vive atormentada por uma ânsia não sei de que?
Ou a que nasceu para ajudar os outros e ignorar o próprio tormento?
(Karina Pereira Florêncio)
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