domingo, 30 de dezembro de 2007

O Tempo....


O dia se torna noite

A noite, por sua vez, se torna dia de novo.

A vida é assim...

A natureza nos lembra sempre,

Que o tempo não deixa de passar.

Cada segundo é um tempo que não volta mais.

Passamos, às vezes, anos perdendo tempo.

Sentamos em janelas que mostram,

Sem dó, todos nossos defeitos,

Nossos erros, nossas tristezas...

Mas existem alguns momentos felizes... bons... de prazer...

Momentos em que fizemos bem a nós e aos outros.

Isso, nos faz fazer um balanço,

De tudo que é bom e ruim, ou, o que viria a ser cada um.

Descobrimos, então, que tudo depende,

Depende de como encaramos e "resignificamos" todos os fatos ocorridos,

Fatos alegres ou tristes.

Podemos encarar sermos vítimas a vida inteira,

Ou crescer com tudo que aconteceu.

Os segundos continuam passando, os problemas e as coisas boas também.

Enxerguemos com os olhos certos tudo isso,

Pois, nada é fácil,

Viver não é fácil,

No entanto, o tempo ensina que tudo passa, se transforma.

O esquecimento não existe,

Porém, o crescimento sim, o verdadeiro amadurecimento.



(Karina Pereira Florêncio)

"Ignorantes"


Somos todos "ignorantes".

Pensando que somos donos...

Donos de nossos destinos, de nossos "mundinhos".

Somos, no máximo, donos de nossas vontades...

A vida é engraçada...

Nos prega peças...

Faz com que nos sintamos donos do mundo, mas...

De repente, ela toma as rédeas,

E a escolha já não é nossa.

Mas sejamos, então, "ignorantes"...

Façamos planos,

Criemos coisas,

Estudemos mais,

Descubramos nossas verdadeiras vontades,

Descubramos quem somos,

Descubramos quem é o outro também,

Tentemos trilhar nossos caminhos...

Mesmo que um dia a vida,

Tome as rédeas de nós, pois daí para frente,

Não saberemos de mais nada...

Aproveitemos então estes momentos de "ignorantes".


(Karina Pereira Florêncio)

Pitty - Pulsos


E um dia se atreveu
A olhar pro alto
Tinha um céu mas não era azul
No cansaço de tentar, quis desistir
Se é coragem eu não sei.
Tenta achar que não é assim tão mau
Exercita a paciência

Guarda os pulsos pro final
Saída de emergência.

E um dia decidiu, quis terminar
Só mais um gole, duas linhas horizontais
Sem a menor pressa,
Calculadamente
Depois do erro, a redenção!

Tenta achar que não é assim tão mau
Exercita a paciência

Guarda os pulsos pro final
Saída de emergência.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Crescimento...


Não adianta tentar explicar certas coisas, certas ações... às vezes, não existem explicações.
Perguntas e mais perguntas...
Mesmo depois dos pesadelos mais horríveis, dos piores medos,
A vida continua acontecendo.
Voltamos a dormir,
Acordamos e nos levantamos para mais um dia,
Por mais duro e difícil que isso possa parecer.
De repente dá vontade de fugir de tudo, fugir de nós mesmos,
Porém, um dia teremos que voltar.
E a primeira coisa que veremos é a imagem refletida no espelho.
Se pararmos para pensar, somos “nada”, sozinhos somos absolutamente “nada”...
O tempo é muito relativo... o amanhã, para alguns, pode não acontecer,
E para outros nem importa...
Alguns acontecimentos nos ensinam isso, no entanto pouquíssimas pessoas aprendem.
Por isso, vamos tomar conta de nós,
Para desta forma tomarmos conta daqueles que amamos.
Vamos tentar entender a nós mesmos,
Para assim, tentarmos, entender os outros e julgarmos menos.
Quem sabe um dia as perguntas diminuam,
As respostas fiquem mais coerentes,
O entendimento aumente.
E poderemos viver com menos “peso”, menos angústia e com mais amor.



Karina Pereira Florêncio

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Tempestade...

As incertezas me incomodam,
Assim como incomodavam você,
Você tinha deixado de tomar conta de tua vida há muito tempo,
Me contava sobre tuas dores e desesperos...
Sempre ouvia e dizia que era apenas uma tempestade,
E estávamos juntos nesta tempestade.
Perdemos tanto neste caminho...
Que deixamos de acreditar na paz.
Só que a tempestade apesar de assustadora e devastadora,
Também atrai, uma atração estranha.
E você se deixou atrair,
Se perder, e foi embora...
Queria estar em sua mente naquele momento,
Para saber em que momento você desistiu,
Em que momento a tempestade te levou.
Estava sempre segurando tua mão, mas de repente você soltou,
Olhou tudo e nada mais valia a pena.
A tempestade continua aqui assustadora e “atraente”,
Levando cada vez mais, devastando tudo,
Continuo nela, mas agora sozinha...
Com as mesmas incertezas...
(Karina Pereira Florêncio)